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[MÚSICA] Preparados,
vamos lá?
Para começarmos então a entender melhor
a estrutura lógica da macroeconomia, nós vamos desagregar,
ou seja, separar a macroeconomia algumas partes.
Ao analisar as partes individualmente,
nós vamos construir uma metodologia, na verdade,
vamos reproduzir aqui a metodologia de análise da corrente principal,
que vai nos permitir, por meio de uma sequência lógica,
de encadeamento de pensamento, de raciocínio,
conectar cada uma dessas partes e de
fato elucidar e entender a formação do produto,
a formação do PIB, a formação da inflação nas economias
domésticas ou na economia que esteja foco de nossa análise.
Portanto, para fazermos isso, vamos pensar que a macroeconomia,
que esse conjunto completo que expressa a atividade econômica e o
comportamento dos preços, dos bens e serviços numa sociedade, num país,
essa macroeconomia possa ser desmembrada quatro pedaços básicos.
Esses quatro pedaços básicos vão ser, a partir daqui,
estudados e trabalhados individualmente, e, mais adiante,
nós seremos capazes de conectá-los e produzir uma análise completa.
Bastante interessante, não é mesmo?
E muito desafiador, mas eu tenho certeza que você vai ficar comigo até a gente
chegar no famoso gráfico que demanda agregada e oferta agregada,
conjunto, numa estrutura lógica única definem,
produzem, resultam no produto, no PIB da economia, e na taxa de inflação.
Vamos lá?
Fiquem comigo.
Para começarmos, nós vamos pensar que este conjunto completo,
que é a macroeconomia, pode então ser descrita de forma didática,
para que nós possamos compreender melhor todo esse conjunto complexo,
essa representação de mundo que é muito complexo,
porém que aqui vai ser expressa nas relações básicas e fundamentais que
propiciam a compreensão mais simples possível desse mundo tão complexo,
nós vamos desmembrar este conjunto quatro grupos.
Dois desses grupos farão parte dos chamados mercados financeiros,
e nós vamos abordar tanto mais detalhadamente
a estrutura destes mercados financeiros e o fato de que,
no conjunto da macroeconomia, quando nós agregamos os agentes da macroeconomia,
nós vamos considerar, no curto prazo,
na nossa análise simplificada apenas dois segmento dos mercados financeiros.
Esses segmentos são, o mercado monetário,
que é o mercado que o Banco Central opera,
gerencia a política monetária da economia,
e nós teremos a oportunidade de detalhar o funcionamento e a estrutura deste mercado.
Temos também, no contexto dos merdados financeiros,
outro mercado muito relevante, que é o mercado cambial, o mercado de câmbio,
e este mercado está representando o fato de que esta economia
análise é uma economia aberta, uma economia aberta é uma economia que
faz transações com o resto do mundo não só comerciais, mas também financeiras.
E necessariamente, as transações que são realizadas seja com os parceiros
comerciais, ou seja do ponto de vista dos investidores internacionais e domésticos,
sempre vai requerer a troca da moeda doméstica pela
moeda internacional ou pelas moedas internacionais.
O mercado de câmbio pode ser, e geralmente é,
composto por conjunto de mercados que as moedas internacionais,
são trocadas pela moeda doméstica, no caso do Brasil, o real.
Então o mercado cambial vai determinar a que preço,
qual é a taxa nominal de câmbio que a moeda doméstica
é trocada pela moeda internacional e vice-versa.
É mercado extremamente importante, extremamente relevante na estrutura
macroeconômica e que vai expressar na nossa estrutura lógica, digamos,
o resultado das relações da economia doméstica com o resto do mundo.
Teremos também a oportunidade de, módulo específico,
mais adiante, estudar mais detalhes o mercado cambial.
Então o mercado monetário e o mercado cambial representam a estrutura
financeira da macroeconomia.
Por outro lado, nós temos também segmento dessa
estrutura que vai expressar o nível de atividade,
que vai expressar como e quanto esta economia produz de bens e serviços.
É o chamado mercado de bens e serviços.
Do ponto de vista agregado, é mercado bastante abstrato.
É como se nós pudéssemos representar no PIB a nossa variável Y,
que nós adotamos geral na macroeconomia, nos livros textos,
nas nossas aulas para representar o produto real, o PIB das economias,
é como se nós tivéssemos ali consolidando todos os bens
e serviços da economia que são produzidos, termos de bens e serviços finais,
que são produzidos num determinado período de tempo.
Apenas para alertá-los e para resgatar pouquinho esses conceitos mais básicos
de macroeconomia, nós falamos de bens e serviços finais por motivo muito simples:
os bens e serviços intermediários, que entram na cadeia produtiva dos bens
finais, eles não podem ser contabilizados no PIB, caso contrário,
nós estaríamos cometendo o sacrilégio da dupla contagem,
ou seja, os bens estariam sendo contados como intermediários porém
eles fariam parte do processo produtivo de outro bem final e ao contá-los,
nós estaríamos contando duas vezes aquela produção na economia.
Então, para eliminar a possibilidade de dupla contagem,
nós sempre contabilizamos no PIB os bens e serviços finais da economia.
Essa é uma das definições que nós temos para o PIB, para o produto da economia.
Este mercado de bens e serviços vai representar, então,
essa estrutura produtiva, a capacidade da economia de produzir,
o que foi produzido num determinado período de tempo termos gerais.
Então ali, o que está dentro desse Y, o que está dentro desse PIB?
Toda a produção da economia, por exemplo, de carros.
A produção de aulas de economia,
a produção de serviços médicos, a produção de serviços financeiros,
a produção de comida, arroz, a produção de soja, a produção de feijão.
Mas veja, desde que esses bens e serviços estejam disponíveis para o consumo,
ou para o uso como investimento produtivo que
discutiremos bastante detalhadamente no contexto dos mercados de bens e serviços.
Então, portanto, bens finais.
Soja, pode ser usado como bem intermediário,
para a produção de outro produto.
Porém, se a produção da soja foi utilizada como bem intermediário,
essa parcela da produção não é contabilizada no produto.
Só a parcela da produção que efetivamente está disponível para
ser comprada pelas famílias ou pelos empresários,
num determinado momento no tempo para o seu consumo,
no caso das famílias ou para investimento produtivo, no caso dos empresários.
Ou comprada pelo próprio governo como despesa corrente,
por exemplo, ou como despesa de capital.
Então, apenas para esclarecer que neste Y, neste produto real da economia,
estarão expressos as produções de bens e serviços num determinado período de tempo,
que sejam disponíveis para a compra, que são os chamados bens e serviços finais.
Muito bem.
Neste mercado, nós vamos entender elementos bastante relevantes
da decisão das famílias entre consumir e poupar, da decisão dos investidores,
dos empresários comprar uma nova máquina para ter mais
capacidade de produzir novos bens e serviços no futuro,
que são os investimento produtivos e também das decisões do governo,
tanto de consumir, ou seja, de gastar, de comprar bens e serviços
produzidos na economia Quanto na decisão de tributar.
Vamos discutir então pouco, o papel do governo nessa estrutura,
como o governo se financia, geral por meio de tributos, certo?
E vamos entender como a relação entre gasto e tributo afeta
a estrutura produtiva da economia.
Então este é o contexto do mercado de bens e serviços,
que a gente também chama de o lado real da macroeconomia,
portanto temos até este momento três subgrupos que compõem essa estrutura
lógica: dois mercados financeiros, o mercado monetário e o cambial,
o mercado real, que é o mercado de bens e serviços,
e temos a contrapartida do mercado real termos de trabalho.
Dado o número de máquinas, de equipamentos, de infraestrutura
da economia que são aspectos de longo prazo como já discutimos,
a partir destes fatores dados,
teremos na contratação ou na dispensa dos trabalhadores,
a contrapartida da evolução do produto da economia.
Outros termos, o produto da economia só pode crescer se mais
trabalhadores estiverem sendo contratados para produzir novos bens e serviços.
Quando o produto da economia, por outro lado, decresce,
significa necessariamente que trabalhadores foram dispensados,
estão desempregados, e portanto, a capacidade de produzir da economia,
ou seja, a economia está produzindo abaixo da sua capacidade de produção.
Então, a flutuação do produto,
tem uma contrapartida direta na flutuação do emprego,
e inversa na flutuação do desemprego.
Esses aspectos são estudados no contexto da estrutura
macroeconômica no mercado de trabalho.
Então entender o mercado de trabalho, a sua dinâmica e como
a partir dos custos de produção as empresas formam seus preços,
vai nos dar condições de desenhar o conjunto completo,
de desenhar a estrutura lógica completa da macroeconomia para análise de curto prazo.
Então, nessa estrutura lógica com o desenho desses quatro segmentos,
aspecto muito importante que já podemos observar é o seguinte:
a conexão lógica entre os mercados financeiros,
ou seja, o mercado monetário o mercado de
câmbio na nossa estrutura lógica de conjuntura estarão
conectados com o mercado de bens e serviços para
representar o comportamento da demanda agregada.
O que é a demanda agregada?
A demanda agregada nada mais é do que o conjunto de demandas da sociedade,
não só termos de bens reais e concretos: carros,
arroz, feijão, roupas,
geladeiras, automóveis, serviços médicos,
aulas de economia, sempre tem aula de economia nesse pacote, não é?
Pois bem, a demanda pelo conjunto completo da sociedade
expressa por meio da relação das decisões dos agentes,
tanto do ponto de vista real, quanto do ponto de vista financeiro.
Para quem já estudou pouquinho de macroeconomia algum momento anterior,
e apenas para fazer essa conexão com possíveis alunos que estejam aí do outro
lado, nós estamos nos referindo à estrutura lógica muito conhecida no ensino
e no estudo de macroeconomia que é o chamado modelo IS/LM.
Este modelo é modelo relativamente antigo,
e que será aqui substituído por uma versão mais moderna, uma versão,
uma compreensão mais moderna e mais próxima da fronteira da
macroeconomia para que nós tenhamos condições de entender
claramente as relações principais que estão por trás da demanda agregada.
Então aqui no contexto deste curso,
nós não adotaremos a linguagem tradicional IS/LM,
e economia aberta, IS/LM/BP nas notas sobre este
vídeo vocês encontrarão explicações pouquinho mais detalhadas
sobre essa estrutura lógica, apenas para que vocês tenham uma referência
que pode ser associada a conhecimento anterior
ou a livros de economia de macroeconomia com os quais vocês tenham contato,
mas o nosso objetivo aqui é apresentar essa estrutura lógica da demanda agregada
a partir de uma perspectiva mais moderna e mais útil para entender o mundo real.
Venham comigo que nós vamos começar esse percurso breve.
Por outro lado, enquanto mercados financeiros e mercado de bens
e serviços nos permitem compreender o comportamento da demanda
agregada na macroeconomia, mercado de trabalho será a chave
fundamental para a compreensão do comportamento da oferta agregada,
e é por meio da interação entre a demanda agregada e a oferta agregada conforme
vocês observam no gráfico à seguir que nós teremos condições
de entender o funcionamento da macroeconomia seu conjunto,
ou seja, nós teremos modelo macroeconômico completo.
Então nossas atividades daqui para frente estarão sempre voltadas para
a compreensão individual de cada desses segmentos e lá adiante nós
vamos ter a oportunidade de exercitar a lógica dessa estrutura conjunta.
De entender como conjunto, a inflação,
produto taxa de juros, taxa de câmbio,
desemprego e emprego evoluem ao longo do tempo.
[MÚSICA]
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